terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Cuidados, lavagem e manutenção do seu molinete:

Por: Pedro Afonso.

Divida em 3 tipos de cuidados: Diários, Periódico e Sazonal.

Diário: Lavagem normal após cada pescaria, basta colocar o molinete com a manivela e o botão de fricção apertado ao máximo (cuidado pra não quebrar) alguns segundos debaixo de água corrente, priorizando o carretel e o rolete de linha. Se o molinete não for selado o ideal é que o "pé" de fixação fique voltado para cima pois essa é a posição menos vulnerável a intrusão de água. Caso ache necessário utilize uma escova de dentes velha para uma melhor limpeza do rolete. 

   Esfregue com os dedos todas as manchas de óleo, graxa, sal ou sangue de peixe que estejam visíveis para preservar a pintura. Após lavado seque-o com um pano e o deixe em lugar arejado para que seque por completo.



Periódico: De vez em quando, depende da frequência com que for pescar. Eu faço a cada 4 dias, desde que esteja pescando de forma constante. Apenas lubrifique o molinete nas partes móveis, juntas e rolamentos mais acessíveis. Utilize um óleo fino, como o Singer. 








    Passe um pouco de graxa no eixo principal próximo a rosca, para manter o movimento de ir e vir livre de atrito e para uma melhor proteção da região.





Sazonal: Deve ser feito de forma pontual em um espaço de tempo que varia de acordo com a frequência das suas pescarias ou o mais imediato possível no caso do seu equipamento não ser selado e eventualmente for submerso na água do mar. No meu caso o faço de 4 em 4 meses.




   Desmonte totalmente o equipamento e vá inspecionando as partes até o ultimo escalão, verifique se não peças desgastadas ou oxidadas. Limpe e retire toda a graxa e óleo com ajuda de um removedor, solvente, gasolina e etc. um pano e uma escova de dente velha.


   
   Vale lembrar de um erro muito comumente cometido pelos pescadores, que utilizam o WD-40 como lubrificante. O "faz-tudo" em spray é um excelente desengripante mas por possuir solvente em sua composição deve ser usado apenas para limpar as peças do molinete antes de aplicar os lubrificantes pois além de remove-los e deixar partes moveis desprotegidas pode agredir alguns componentes do mecanismo. Utilize apenas graxa e óleo onde respectivamente indicarei logo mais abaixo.


     Após devidamente limpo e seco aplique novamente graxa a base de sabão de lítio ou de silicone nas engrenagens somente o suficiente para cobrir os "dentes" evitando entupir o equipamento, aplique também nos demais locais de atrito entre partes móveis (bloco de oscilação, carril...). 



   
     Se os discos de fricção do seu molinete forem de carbontex (tecido de carbono) limpe-os com um pano umedecido com alguma substância removedora (solvente, querosene, etc.). Após seca-los, aplique se possível uma fina camada de graxa a base de Teflon para permitir um funcionamento mais suave e uma melhor distribuição e dissipação do calor. 






    Por fim, aplique apenas 1 gota de óleo em cada rolamento. Isso já é mais do que o suficiente para o funcionamento correto e suave da peça.






   Agora basta remontar o equipamento componente por componente na ordem correta de forma que não sobre nenhuma peça ao final (rsrsrs). E está pronto para mais uma maratona de fisgadas e alegrias.

Obs: Se for armazenar o equipamento por muito tempo retire a linha do carretel para evitar corrosão do mesmo.

Fonte de consulta, tradução e adaptação: http://www.alanhawk.com/

domingo, 23 de novembro de 2014

Molinetes para pesca pesada

Molinetes para pesca pesada            Por: Pedro Afonso



        A 15 ou 20 anos atrás somente era possível partir em uma pescaria rumo ao mar azul portando grandes carretilhas de perfil redondo, os molinetes daquela época não se mostravam apropriados, sendo bem mais fracos e incapazes de lidar com os grandes peixes das águas abertas. Porém devido à evolução tecnológica dos equipamentos de pesca nos últimos anos, aplicação de materiais compostos e engenharia pura e aplicada no seu desenvolvimento, conseguiu-se um desempenho superior, assim podemos nos dedicar a pescaria de grandes peixes pelágicos munidos não somente de vetustas carretilhas. Isso se tornou uma realidade e agora vemos relatos da captura de grandes atuns azuis ou de marlins de mais de 150 kg usando-se molinetes. Mas temos que nos atentar que um equipamento destinado à pescaria embarcada ou desembarcada com o foco em grandes troféus deve possuir determinadas características para que possa ser utilizado com eficiência e desempenho. Essas características são: Integridade estrutural, confiabilidade do drag e do anti-reverso, poder e durabilidade das engrenagens, qualidade da construção e sua eficiência em ação (pescando).

Nunca antes pudemos ir a captura de grandes peixe pelágicos utilizando molinetes, hoje se tornou um fato comum.


Integridade estrutural:

       Um molinete destinado para pescaria extrema deve ser construído de forma que suporte as grandes pressões exercidas durante a briga com exemplar de bom tamanho, sem, contudo, ter prejuízo no seu desempenho, apresentar quebra ou desgaste e torção exagerada.

      Um dos erros mais comuns apresentados em um projeto é a excessiva proximidade entre o rotor e o carretel. Isso é encontrado com facilidade em projetos de molinetes mais antigos.




      Essa proximidade impõe um limite a configuração de drag máxima utilizável no molinete, limitando o tamanho máximo dos peixes-alvo, e por mais forte que o rotor seja é muito alta a possibilidade dele entrar em contato com o carretel mesmo com um esforço não tão grande, se este estiver em movimento, isso gerará atrito e levará a um desgaste desnecessário.  

      O ideal é tenha-se uma boa distância sendo feito em materiais rígidos (alumínio), preferencialmente em ângulos abertos, esse projeto permite uma maior capacidade de lidar com altas pressões.

     Outro modelo ideal é o projeto do rotor com arcos, mais comumente encontrado em equipamento mais caros, isso nos leva a uma peça menor e mais leve mas que suporta muita compressão. 



     Outra falha que se mostra muito comum, apenas por motivos meramente estéticos ou sobre a afirmação de que serve para diminuir o peso, são os vazados no “pé” de fixação do molinete.


    Isso torna a peça naturalmente mais fraca do que uma “cheia”, mesmo sendo bem projetada, e em casos extremos leva a quebra sobre grandes tensões, existem vários relatos registrados disso em modelos que utilizam esta configuração. 

A forma ideal dessa parte:


    Uma das principais partes que ajuda desde o recolhimento da isca, durante a luta com o peixe, até a ajeitar a posição do carretel para o arremesso: A manivela. 

    Os designs ultrapassados foram abolidos, pois esta parte tem de ser umas das mais firmes e que transmitam o máximo de força, sem contar confiança ao pescador.

    Projetos de manivela antigos utilizam o eixo sextavado, um design mais fraco e fácil de quebrar:


      O projeto mais utilizado nos equipamentos de alto desempenho  é o do eixo de manivela conectado a coroa (engrenagem) de forma rosqueada. Trata-se de um design superior que aumenta a eficiência na transmissão de força para o recolhimento além de proporcionar um encaixe mais firme e livre folgas, convergindo em uma maior longevidade.

                     Manivela rosqueada diretamente na coroa: Seu encaixe mais preciso e sem folgas permite uma transmissão de força, durabilidade e ajuste muito superiores aos demais.







     Outro ponto essencial em uma manivela é a pegada ou manopla, que tem que possuir grande volume para que fique bem firme na mão do pescador, além de ser feita em material que proporcione boa aderência mesmo que molhada, seja confortável, durável e não inflija nenhum tipo de lesão pelo uso prolongado. 



    Também devemos ter atenção na parte que possui a mais alta taxa de rotação em um molinete: O rolete. Parece uma peça simples, mas basta lembrar que esta pequena parte pode girar mais de 1 milhão de vezes em pouco tempo de uso além de que irá suportar toda a pressão que você imprimir no seu equipamento. Essa peça deve ser constituída de dois rolamentos de boa qualidade de forma que recebendo a devida manutenção irão ter uma grande durabilidade livre de problemas. O eixo/parafuso que sustenta esse sistema irá receber toda a pressão executada pelo drag portando tem que ser bem larga e reforçada para que não quebre em situações extremas. 

Rolete do molinete Shimano Stella 2008, um dos mais resistentes.




Além destes detalhes temos que nos atentar a outros pontos que contribuem para uma maior integridade estrutural, como parafusos de boa qualidade, porcas e juntas que se encaixem perfeitamente e não folguem ou danifiquem facilmente.

Confiabilidade do drag e do anti-reverso
   
    O drag, também chamado de sistema de freio ou fricção representa a capacidade de poder cansar o peixe, dominando-o. Por isso deve executar a saída de linha de uma forma uniforme e suave, respondendo a mais súbita explosão do peixe, livre de solavancos, que podem levar a uma variação abrupta da pressão acarretando a ruptura da linha. Devemos sempre nos atentar as informações sobre os valores máximos que os fabricantes alegam, pois quase sempre são falsos, como em certos casos onde a pressão real exercida pelos discos não chega a 50% dos números informados. 

      Existem basicamente 2 tipos de drag, quanto a disposição dos discos de freio: 

       O onde os discos se localizam no topo do carretel é o mais comumente utilizado. O sistema é simples e bastante confiável. O único porém é que toma muito espaço do carretel, tornando-o mais raso e reduzindo a capacidade de linha. 



      E a onde os discos se localizam tanto em cima (pequenos) que funcionam mais como espaçadores, quanto em baixo (maiores) sendo estes os que fornecem a maior parte da pressão. Esse layout permite acomodar mais linha no carretel sem reduzir o desempenho do drag. 



      Os discos de fricção devem ser de grandes dimensões, pois uma maior área de contato gera menos estresse para gerar uma determinada pressão e consequentemente tornando mais suave a liberação da linha e levando a uma maior longevidade as peças. O melhor material disponível para confecção dos discos é o Carbontex (tecido de carbono) que combinando o uso de graxas a base de Teflon (PTFE), permite eliminar qualquer rigidez na liberação de linha, reduzindo o desgaste das anilhas. 

     Discos de Carbontex: Se tratam do melhor material disponível na atualidade para confecção dos discos de fricção.





       O anti-reverso se trata da peça que trava o rotor dos molinetes, impedindo que haja um retrocesso ou jogo de volta. Essa peça é muito importante, pois um molinete utilizado para grandes pescarias será submetido a fortes pressões que incidirão justamente sobre ele. Atualmente se aboliu a tecla de seleção que permitia ativar e desativar o anti-reverso (seletivo), pois seu design se provou fraco e muito fácil de quebrar, sendo isso em favor do anti-reverso infinito, ou seja que só gira em uma direção e que não pode ser desligado. Um bom anti-reverso deve possuir bom diâmetro para que possa lidar com as forças imprimidas nele, os roletes devem possuir também bom diâmetro ou grande comprimento para que possam executar bem o trabalho. Os atuais anti-reversos infinitos possuem molas em formato de V (maioria em plástico), que comprimem os rolos/cilindros e travam o seu retorno, isso torna mais rígido de girar porém não tem folga. (PS: O anti-reverso não deve ser lubrificado, se não os roletes irão deslizar e não travarão no sentido contrário)

                            Imagem que explica muito bem o processo de giro e travamento dos roletes.



      A maioria dos anti-reversos utilizam molas de plástico em V para travar e colocar pressão nos roletes. Funcionam bem e possuem relativa durabilidade.


     Anti-reversos de equipamentos superiores possuem molas V feitas em metal ou molas helicoidais como as dos molinetes Shimano Stella, a baixo.  


Um ponto preferível mas não obrigatório, para funcionar em conjunto com o anti-reverso é o back-up:




     Esse recurso desenvolvido pela Daiwa para o seu primeiro modelo do Saltiga (2001) se trata de um sistema mecânico que trava o rotor caso ocorra uma falha catastrófico do anti-reverso, uma coisa muito difícil de ocorrer mas não impossível, isso permite que o pescador continue a utilizar o molinete sem que seja preciso interromper a pescaria e desmontá-lo para concerto.


Poder e durabilidade das engrenagens

     Consideradas o verdadeiro "coração" dos molinetes, são responsáveis pelo poder de tração, possibilitando o recolhimento da linha mesmo sobre grandes tensões. As engrenagens na verdade são comumente negligenciadas pela grande maioria dos fabricantes, contando-se nos dedos os que realmente utilizam materiais de qualidade superiores em sua confecção.  

     Equipamentos voltados para pescarias pesadas devem possuir o conjunto de engrenagens (coroa) de grandes dimensões, pois geram mais torque, ou seja, se gasta menos energia para executar um mesmo trabalho (Quando mais distante do centro menor a força aplicada para o mesmo trabalho). 



     Dentes de grande calibre fornecem uma maior área de contato, encaixando de uma forma mais firme. Também são mais fortes diminuindo as chances de quebra ou desgaste precoce.



  Os métodos de construção de engrenagens variam de plástico moldado para os sofisticados processos de forja a frio com superfície tratada. Por isso construção de engrenagens voltadas para equipamentos de pesca deve obedecer a padrões rigorosos de controle e qualidade. Utilizando-se máquinas de corte ultra precisas em um processo controlado numericamente por computadores. Os cortes devem ser feitos de uma forma bem precisa possibilitando um encaixe perfeito entre os dentes, o que aumenta a eficiência, diminui o desgaste e possibilita uma maior longevidade. 

    Engrenagens de equipamentos topo marca são produzidas utilizando-se os melhores materiais disponíveis, como a famosa engrenagem Hyper Digigear da Daiwa componente dos seus super-molinetes Saltigas, feita utilizando bronze marinho de alta densidade com um processo de corte controlado digitalmente se trata de uma peça quase indestrutível com uma longa vida útil.



   Entre os melhores materiais disponíveis para se confeccionar um conjunto de engrenagens temos: O bronze marinho (C6191) para coroas e o aço inoxidável temperado para o pinhão, esse padrão é largamente utilizado pelos principais fabricantes de molinetes e se mostrou forte, durável e resistente a corrosão alcançando um status quase lendário. Isso se deve além da resistência individual dos materiais ao desgaste e a corrosão, ao baixo coeficiente de atrito entre eles, o que se resume em um menor desgaste pelo contato entre as duas peças. Alguns desses equipamentos possuem mais de 10 anos de uso e continuam realizando grandes pescarias no mar.

   Coroa em bronze marinho e pinhão de aço inox, uma das melhores formas de construção disponível. 



      Deve-se fugir das engrenagens confeccionadas em ligas de zinco/alumínio fundido, as mais comuns e facilmente encontradas, pois sua durabilidade e resistência são muito inferiores a ligas de bronze ou aço tratadas e usinadas.

     As engrenagens de liga de alumínio/zinco fundido tornaram-se uma unanimidade, porém se trata de um processo de rebaixamento de qualidade visando cortar custos e maximizar o lucro das empresas. Como se pode ver o processo cria peças mais fracas, propensas a apresentarem problemas referentes a desgaste e corrosão. 



Qualidade da construção

     Um molinete que voltado para a captura de grandes exemplares deve ter uma construção superior, com materiais de qualidade. As partes devem se encaixar perfeitamente, sem folgas e não deve haver falhas na moldagem. A tolerância a falhas na construção ou uso materiais pobres se limita a partes não cruciais do equipamento, que não prejudiquem seu funcionamento e desempenho.

     Falhas como a diferença entre a tampa lateral e o corpo presente nesta foto é tolerável, pois de forma alguma prejudica o desempenho do molinete.



    Já a má colocação desta mola do anti-reverso durante a montagem não é tolerável, pois além de degradar o funcionamento do molinete pode levar a uma falha catastrófica durante o uso, o que se torna uma dor de cabeça para qualquer pescador que investiu seu dinheiro nesse equipamento.



Tais falhas na fabricação são mais comuns em equipamentos construídos na China, muito encontrados atualmente por meio do regime de comercialização OEM. Tais produtos por terem qualidade duvidosa já são esperados a existência de falhas de construção, ao contrário dos produtos de topo das grandes marcas onde tais falhas são consideradas "ultrajes".

     Equipamentos de luxo atingem níveis de precisão na construção e qualidade muito acima da média, são verdadeiros super-molinetes.         
                 


    O corpo deve ser de alumínio cheio, alguns fabricantes utilizam compostos desenvolvidos para a área aeroespacial como o alumínio 6061, em blocos únicos usinadas, criando uma peça menor, mais leve e resistente.

      Construir um corpo em uma peça única usinada não é barato nem fácil, mas nos fornece uma peça bem mais leve e menor do que uma fundida e muito resistente. 



     Preferencialmente o rotor deve ser construído da mesma forma evitando o uso de composto de carbono/grafite, exceto pelos novos compostos Zaion da Daiwa e CI4+ da Shimano que estão obtendo resultados comparáveis ao alumínio. 

    Novos compostos de carbono como o Zaion da Daiwa vêm obtendo resultados surpreendentes, superando de certa forma o alumínio na construção dos rotores.



     A pintura deve ser a mais resistente possível, para que não descasque logo e exponha o molinete a corrosão, algumas marcas utilizam a anodização como processo de proteção da carcaça.

   Molinetes como os da Van Staal recebem tratamento anodizado o que os torna mais resistentes a corrosão proveniente de ambientes marinhos do que os pintados.


      Um dos recursos disponíveis atualmente e que evidência o cuidado na contrução de um molinete se chama "eixo-flutuante" um detalhe que consiste em um rolamento com uma bucha de plástico (o mais comumente utilizado é o teflon) no seu centro, dentro da rosca que prende pinhão ao rotor. Esse recurso possibilita o livre movimento do eixo principal com quase nenhum atrito levando a índices de lisura maiores mesmo sob fortes cargas, diminuindo o desgate e a fadiga das peças bem como aumentado o poder de tração do equipamento.


Equipamentos de topo utilizam o eixo flutuante como item obrigatório, o que garante sua maior lisura no recolhimento.


Equipamentos mais baratos os ditos custo x beneficio também vem buscando se dotar deste valioso recurso, porém visando cortas gastos produzem formas mais baratas. O uso de uma simples bucha de plástico de baixo atrito mesmo não sendo tão eficiente ainda produz excelentes resultados.





Eficiência em ação

     A eficiência em ação é nada mais do que o desempenho do equipamento quando exposto a ação do dia-a-dia das pescarias, é onde podemos ver se o que os fabricantes nos alegaram corresponde a realidade e onde podemos tirar nossas próprias conclusões. Sempre é válido pesquisar na internet, fóruns e grupos sobre como está se saindo determinado equipamento, relatos de pescarias e os reviews que os colegas realizam visando nos esclarecer se o que esta diante de nós confere. Recomendo a leitura e acompanhamento do site do estadunidense Alan Hawk, lá podemos conferir o excelente trabalho que ele vem realizando ao longo dos anos, com grandes reviews que nos esclarecem de uma forma bem simples e objetiva sobre os principais equipamentos disponíveis no mercado  e enriquece nosso conhecimento sobre o instrumento que utilizamos nas nossas pescarias. 

     Devemos levar em conta se o equipamento que utilizamos é confortável, se consegue tracionar as iscas e os peixes sem esforço excessivo por parte do usuário. Ele deve armazenar grande quantidade de linha, mas isso varia de acordo com o tipo de pesca que você pretende executar bem como as espécies-alvo. Não deve ser excessivamente pesado apesar das grandes dimensões e seu recolhimento o máximo suave sem muito aperto, por isso o uso excessivo de selos não se faz útil.

      Por fim um bom molinete para pesca pesada deve cumprir o que promete, sendo uma grande ferramenta nas mãos do pescador o ajudando a garantir belos troféus e trazendo grandes alegrias.



  • Lista de molinetes preço por preço:



     Segue a lista com alguns molinetes que vem obtendo resultados muito satisfatórios e se encontram entre as melhores opções de compra disponíveis no mercado, variando do custo x beneficio aos super caros e excepcionais:




    Quantum Cabo (60,80,100 e 120)



Faixa de Preço: No Brasil: mais de R$ 1000; Lá fora: U$$ 200.

Prós: Os tamanhos 100 e 120 são de aço inox. Todos possuem manivela rosqueada diretamente na coroa. O drag desse molinete se encontra entre os melhores disponíveis no mercado, poderoso e suave que ultrapassa os 25 kg de pressão máxima. Recolhimento muito "macio". 

Contras: Um pouco de folga no anti-reverso mas que não afeta seu funcionamento, não possui back-up. Os tamanhos 60 e 80 possuem engrenagem de alumínio fundido. Distribuição de linha não tão perfeita. Defeitos de acabamento toleráveis.


Fin-Nor lethal 100



Faixa de preço: No Brasil: Ainda não disponível; Lá fora: U$$ 129.

Prós: Se trata de uma grande surpresa, pois nunca antes um molinete tão barato possuía tantos atributos: Manivela rosqueada diretamente na coroa, recolhimento "macio", apoio triplo do eixo principal, engrenagens construídas em materiais superiores (coroa em bronze usinado e pinhão em aço inox tratado), "eixo flutuante", back-up do anti-reverso, seu drag supera 50 lbs (23 kg) e executa de forma suave além do o molinete como um todo o suportar.

Contras: O acabamento não é tão primoroso, o rotor possui um pouco de jogo de volta mas que não degrada seu funcionamento, a distribuição de linha não é tão perfeita, alguns defeitos de fabricação que não afetam seu desempenho e são toleráveis.


Penn Torque (7 e 9)




Faixa de preço: No Brasil: entre R$ 2500 e R$ 3000; Lá fora U$$ 700.

Prós: Molinete topo de marca da Penn: Engrenagens construídas em bronze marinho usinado (coroa) e aço inox endurecido (pinhão), se encontra entre as mais resistentes e duráveis encontradas. Muito robusto e simples, durabilidade elevada. Drag suave. Capacidade de linha elevada. Totalmente selado a intrusão de água e areia.

Contras: Peso elevado, é maior do que os concorrentes. Molinete selado o que torna o recolhimento mais "pesado" do que os demais. O "pé" é vazado o que limita o valor máximo do seu drag. 


Shimano Stella 2008 (10000 ao 20000)



Faixa de preço: No Brasil: R$ 3000 a R$ 4000; Lá fora: U$$ 800.

Prós: Considerado por muitos anos como o melhor molinete se trata de um equipamento superior: Construção precisa e com quase nenhuma falha. Recolhimento extra-suave. Embobinamento perfeito. Drag poderoso e que libera a linha de forma muito rápida e suave. Engrenagens construídas de forma muito precisa, coroa em duralumínio forjado a frio com revestimento de bronze e pinhão em aço inox. Anti-reverso de alta qualidade. Possui back-up. Equipamento já consagrado para grandes pescarias no mar.

Contras: Se encontra descontinuado (fabricação interrompida); Desmontagem e manutenção complexa; A durabilidade da pintura e partes plásticas não é muito grande.




Daiwa Saltiga Expedition 8000H








Faixa de preço: No Brasil: próxima a R$ 6000; Lá fora: U$$ 1200.

Prós: Está sendo cotado como o melhor molinete já construído na história, sua qualidade empurra o nível de desempenho para o topo. Construção muito precisa e que emprega os melhores materiais disponíveis. Seu drag alcança o inacreditável valor de 32,8 kg o maior já alcançado por um molinete e a saída de linha é tão suave e rápida que atingiu um nível muito superior. Por não utilizar selos comuns de borracha e sim a tecnologia patenteada da Daiwa Mag-seal, fluidos magnéticos que ficam retidos por poderosos imãs fazem esse papel de repelir a água, isso garante zero atrito, ou seja o embobinamento desse molinete é o mais suave disponível. Utiliza o recurso do eixo flutuante.  O poder de tração é muito grande. Engrenagens reforçadas: coroa de bronze usinado e pinhão em aço inox. Anti-reverso de alta qualidade. Possui Back-up. O seu rotor de grafite suporta tanta pressão ou mais do que os análogos de alumínio, isso o fez ser mais leve do que os demais mas sem perder a resistência. O molinete passa a sensação de solidez fora do normal. 

Contras: Muito caro, se encontra além do poder de aquisição da maioria; Manutenção muito difícil.