sábado, 7 de junho de 2014

REVIEW: MOLINETE MARINE SPORTS SS 6000.

REVIEW: MOLINETE MARINE SPORTS SS 6000.   Por: Pedro Afonso. 


    Nos últimos anos, o mercado de molinetes vem sendo inundado por produtos que seguem uma nova tendência, são os chamados equipamentos “custo x beneficio”. Desde então surgiram muitas marcas com essa proposta, e até as corporações já existentes, também estão se adequando a essa nova realidade. Fabricando produtos feitos de materiais razoavelmente bons, por um custo acessível, vem com a promessa de ser uma alternativa aos caríssimos “super-equipamentos”, custando apenas uma fração do seu preço.
    Uma dessas marcas é a Marine Sports, uma empresa consagrada pelos seus produtos de custo acessível, e que agora vem procurando aumentar a qualidade, porém sem fugir do valor aquisitivo. Ela já vem fazendo isso com a sua linha de carretilhas de perfil baixo e agora passou a fazer também com seus molinetes.
     O equipamento em questão é o molinete SS, desenvolvido para jigging e pincho e que incorpora algumas tendências que vem sendo aplicadas nos melhores equipamentos projetados na atualidade. A Marine Sports acompanhou a popularização da pesca vertical e de pincho, e procurou trazer equipamentos adequados, sobre a ótica da economia do orçamento. O tamanho abordado será o SS 6000, o maior disponível.

Seguem os dados do molinete:

Relação de recolhimento: 4.9:1
6 rolamentos de esferas + 1 rolamento de roletes
Freio com regulagem ponto a ponto
Manivela com infinito anti-reverso
Sistema balanceado
Corpo em alumínio: 4000 / 6000
Rotor em alumínio*/4000 possui rotor em grafite.
Carretel de alumínio
Manivela de alumínio com punho super-reforçado
Super freio:
4000: 3 arruelas de aço inox + 3 arruelas de carbono com teflon.
6000: 5 arruelas de aço inox + 5 arruelas de carbono com teflon.
Tração máxima de frenagem:
4000: 10kG
6000: 15kg
Cap. de linha: mm-m:

4000: 0.40–190 / 0.50–120         6000: 0.50–200 / 0.60–14


E algumas fotos:









O que vem com ele: Impressão da visão explodida do molinete e saco plástico aonde o molinete vem armazenado.






  O molinete possui belas linhas estéticas...






Uma visão em perspectiva.  Realmente não é tão grande, mas também não é nada pequeno...






     O fabricante não informa o peso, mas ele é de 705 gramas. O que é um bom peso. Isso o coloca em uma categoria intermediaria, entre os médios e pesados.  O drag alegado é de 15 kg, o que é muito bom, mas ainda será aferido mais tarde em uma futura atualização para se testar a veracidade da informação.  A saída linha não possui muita inércia e é de maneira continua e livre de solavancos. Um ponto muito favorável.  Molinetes voltados para uma pescaria mais pesada, e que exige muito do sistema de fricção, como a vertical, devem possuir um sistema de frenagem que poderoso, porém que tenha saída suave e continua. O rolete gira livremente exposto a grandes pressões por parte da linha. 

Olhando a máquina por fora:



O botão de regulagem da fricção é relativamente bem construído e possui um anel de vedação (circulo amarelo).





Abrindo o sistema de fricção:


O drag possui um interessante sistema de vedação:




     O disco superior, que segura todo o conjunto, possui um rolamento central (seta vermelha) onde o carretel fica apoiado, sua função teoricamente é permitir a livre rotação do conjunto enquanto estiver se movimentando.





    O disco também possui uma retentor (seta azul), resultando em um duplo sistema de vedação do sistema de fricção. Provavelmente o problema estaria no rolamento blindado que não protege contra submersão, não tive a oportunidade de testara eficiência desse sistema de vedação mas o farei logo mais e atualizarei o artigo, porém achei um projeto interessante pois também representa um cuidado maior com essa área tão vital. Ponto positivo. 





O conjunto de discos do freio:





     O conjunto possui 5 discos de aço inox + 5 arruelas de carbono com teflon. Os discos vêm devidamente lubrificados o que acarretaria em: menor taxa de desgaste, menor acumulo de temperatura e distribuição por igual. Obviamente aumenta a eficiência e durabilidade dos discos mas no caso desses acaba reduzindo a pressão máximo pois não apresentam porosidade similar aos discos de carbontex o que leva as anilhas deslizarem e liberarem a linha de forma mais inconsistente, isso se percebe nas configurações máximas de drag. Eles possuem grande tamanho distribuindo energia por uma área maior, levando a uma maior pressão máxima e mais uma vez levando a maior eficiência e durabilidade devido ao menor stress necessário para executar maiores pressões.



     O sistema do click é montado na parte interna do carretel (circulo vermelho), logo abaixo do conjunto dos discos do drag. Esse projeto protege o click da corrosão e avarias por manejo ou uso.





Uma olhada no eixo e no sistema que apoia o carretel:



       O eixo é sólido, e de boa espessura. O sistema de apoio possui um rolamento (seta vermelha), onde a base do carretel se fixa e pode girar livremente, ele possui anilhas para retenção. Somado ao outro rolamento fixado no anel vedador do sistema de fricção, temos 2 rolamentos, o que acaba garantindo fluidez na saída de linha.  O projeto também permite a troca dos calços que apoiam o carretel (seta amarela), isso garante facilidade e rapidez para regular a altura e a distribuição de linha do carretel. Ponto positivo. 

       A porca que prende o rotor ao pinhão apesar de ter uma anilha de fixação interessante, que serve para alinha-la, é subdimensionada, sendo muito fina. Também não possui nenhuma cobertura que proteja o espaço entre o eixo e pinhão, sendo do tipo aberta. E a falta do recurso do “eixo flutuante” garante uma alta taxa de atrito, quando expostas a grandes pressões, gerando maior desgaste e perda do conforto. A simples adição de uma bucha de material plástico de baixo coeficiente de atrito resolveria isso. 

Outra visão desse prático sistema. 




     O rotor é feito em alumínio e não possui jogo lateral, nem retrocesso. O rotor não foi desmontado, então em uma futura atualização acrescentarei um comentário sobre o anti-reverso.



    O rolete:


        O projeto é simples e bem montado. Porém, não possui um rolamento interno e sim uma bucha de material plástico. Isso não é necessariamente um problema, mas nessa posição é obrigatório o uso de rolamentos, pois é a peça que possui a mais alta taxa de rotação em um molinete. Uma bucha possui desempenho inferior a um rolamento, se degastará muito mais rápido e necessitará de lubrificação constante para que se mantenha a livre rotação. Um tipo de rebaixamento desnecessário visando redução de custos. 




  Uma olhada na manivela: Resistente e bem construída, com bom acabamento. O knob (pegada) superdimensionado e emborrachado permite firmeza para trabalhar as iscas e no momento da briga com os peixes, não escorregando na mão.
       





    Detalhe do encaixe. O sistema de manivela rosqueada direto na coroa permite maior firmeza e poder de transmissão de força, eliminando folgas e desgastes inerentes ao sistema sextavado. Um ponto comum aos melhores molinetes disponíveis, e que vem sendo imitado com sabedoria pelas marcas voltadas ao grande publico. Outro ponto positivo. 



Partindo para dar uma olhada no coração do molinete:





Os parafusos possuem um retentor para melhor fixação e impedir entrada de água e corpos estranhos (areia...etc.).






       Diferente do sistema de fricção, o corpo não possui nenhum tipo de vedação. Água e objetos estranhos podem adentrar no “coração” do molinete. Um selo que circundasse todo o perímetro do corpo deveria existir aqui. Porém tem que se levar em conta que este é um molinete projetado para uso embarcado. Mesmo assim um ponto a menos.





     Olhando a tampa lateral do corpo do molinete, percebe-se um cuidado na lubrificação do rolamento lateral.




      No mecanismo interno:






       O mesmo se percebe no conjunto de engrenagens. Esse tipo de cuidado no processo lubrificação onde se utilizaram 3 tipos de graxa (branca, vermelha e amarela) é uma coisa atípica para um equipamento nessa faixa de preço. Ponto superpositivo!!!!




Falando em engrenagens:




       A coroa é feita em uma liga de zinco/alumínio que creio ser ZAMAC, algo pertencente a equipamentos nessa faixa de preço. Não é a mais resistente, mas hoje é comum encontra-la em equipamentos de marcas famosas, ditos como “top de linha”. Mais do mesmo. O pinhão é feito em uma liga de latão/bronze, sendo assim mais durável do que a coroa. O ideal é que fossem feitos do mesmo material aumentando a longevidade do conjunto de engrenagens.
    
 O sistema funciona de forma eficiente e “macia”, ou seja, o manivelar se dá sem muita resistência. 



      O sistema de distribuição de linha é o velho e confiável sistema de locomotiva, não é o mais moderno, nem eficiente, mas devidamente lubrificado garante uma boa longevidade.









 Conclusão:


       O molinete possui excelentes pontos positivos: Vedação extra do sistema de fricção, manivela rosqueada diretamente na coroa e com boa pegada, bom sistema de drag potente e suave, lubrificação superior e meticulosa, sistema de apoio do carretel que permite a instalação e remoção dos calços que permitem o ajuste da distribuição de linha.  Claro que se deve levar em consideração que este é um molinete de baixo custo, tendo  reduzidas capacidades (coroa de metal "cinza"...) para se enquadrar nesta categoria. Porém para um produto que se encontra atualmente por menos de R$ 250 (já vi coisas parecidas por mais de R$ 500 e inferiores pelo seu mesmo valor), realmente vale a pena cogitar sua escolha, caso se queira gastar o menos para ter o melhor em mãos. Esperamos que a Marine Sports invista nesse produto, pois possui um grande potencial.




Fotos por: Wagner de Vasconcelos. 


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Principais especies de xaréus:

 Principais especies de xaréus:


Nome Comum : Xaréu Amarelo/ Crevalle jack (ing.)

Nome Científico : Caranx hippos

Família : Carangidae
Recorde Mundial: 30 kg (66 lbs) , 118 cm de comprimento.





Distribuição Geográfica:

Ocorrem nas águas tropicais por todo Atlântico e em todo litoral do Brasil.

Descrição:

Corpo alongado, alto e comprimido lateralmente. dorso cinza azulado escuro, flanco prateado e ventre branco-amarelado. Possui uma mancha no opérculo e outra na base da nadadeira peitoral. As nadadeiras peitorais são longas e falcadas, possui o pedúnculo muito fino e nadadeira caudal furcada.

Ecologia:

Peixes pelágicos, de regiões costeiras e oceânicas. vivem próximos a superfície em pequenos números ou grandes cardumes, podendo ser encontrados próximos a praias e costões rochosos. Os adultos preferem o alto mar. Alimentam-se de peixes e camarões.




Nome Comum: Garacimbora, Xaréu-Olhudo /  Horse-eye jack (ing.)
Nome Científico : Caranx latus
Família : Carangidae

Recorde mundial: 14.51 kg (32 lb 0 oz); 97.155 cm de comprimento. 
 
Distribuição Geográfica:
Em mares tropicais e temperados do Atlântico, é comum em toda costa do Brasil.

Descrição:
Corpo alongado, alto e comprimido lateralmente. Dorso cinza azulado com flancos prateados ou dourados e ventre branco amarelado. Possui uma pequena mancha escura na borda superior do opérculo e sua cauda é amarelada.

Recorde mundial: 14.51 kg (32 lb 0 oz); 97.155 cm de comprimento.

Ecologia:
Gostam de nadar próxima a superfície da água, são comuns em mar aberto, próximos das ilhas e também nas águas rasas de praias, são encontrados em pequenos cardumes. Sua carne é de boa qualidade.



Nome Comum : Xaréu preto / Black jack (ing.)

Nome Científico : Caranx lugubris

Família : Carangidae
Recorde mundial: 18.8 kg (41 lb 7 oz); 93.98 cm de comprimento.






Distribuição Geográfica:


Ocorre em todos os mares tropicais do mundo. No Brasil ocorrem da região nordeste até o sudeste. São comuns nas ilhas de Trindade e Martim Vaz, nos Penedos de São Pedro e São Paulo, no arquipélago de Fernando de Noronha e no Atol das Rocas.

Descrição:

Formato de corpo parecido com o xaréu branco. Boca relativamente grande, a maxila quase alcançando a direção do centro do olho. Coloração variando desde cinza escura até completamente negra. Nadadeira peitoral bem longa e falcada. As nadadeiras e escudos da linha lateral são bem escuros ou completamente negros.

Ecologia:

Vivem geralmente em ilhas afastadas da costa, raramente aparecendo no litoral. Gostam de caçar a noite suas presas como, peixes, crustáceos e moluscos. Às vezes formam cardumes.